sábado, 26 de novembro de 2011

Meu Povo Guerreiro






    

Meu povo
                                  Letra: Lucas Costa
Na vastidão dos mares antigos
Nos porões negreiros de brancos
Vinha minha gente longe das casas
De raça negra em couro polhango

Vi meu povo nos olhos de um negro
Com o carnal e alma já charqueada
De tanto sal pra curar feridas
Sem saber por que das tantas relhada

Re Vi meu povo olhos cansados
Força suor e sangue nas charqueadas
Repousam nas pedras mouras
Alma de quem sofreu a troco de nada

Assim se fez meu povo
Trazendo a força no braço
Todo homem nasce livre
Alguns se deixam ser escravo 
Lanças firmes na Mao a liberdade
Num pelotão farrapo 
Pra depois quem sabe
Ser traído por Canabarro

Ninguém sabe a te hoje
Se a carta escrita foi forjada
Mas muitos sem nome
Deram a vida naquela batalha


Muitos tombarão cantando
ou em um tronco de exemplo
Permita a comparação senhores
 Feito um cristo só que negro

Em um canto negro a um deus africano
Acharão a paz em plena guerra
Apagarão medos agigantando coragem
E tombarão por amor a essa terra
Acharão razoes pra seguir Mostrando
 Que um guerreiro não se entrega

Os dias de hoje junto ao rol das bisavós
Refletem orgulhos magoas
Somos todos iguais sofremos mesmo mal
e bebemos da mesma água


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Do lado de Ca Lucas costa

Esse poema que os senhores irão ler fala um pouco das coisas que tem aqui
e que ainda damos valor pelo menos do lado de ca e como uma regra ou cusme
o que meu povo pensa do lado de cá e o que sentimos um grande abraço a todos e 
reflitam com o poema abraços Lucas costa  

        





Do lado de Cá

Do lado de Cá  ainda se saca o sombreiro
A cumprimentar um irmão
o mais novo ainda pede bênção
Num gesto simples de respeito
Do lado de Cá seguimos a vida do mesmo jeito
Semeando suor pra colher o pão

Do lado de Cá Se sabe que a lida e bruta
 E que ela é cheia de encanto
Mas que ninguém paga o tanto
Que vale o rude serviço
Aqui se sabe de tudo isso
e a nos do campo

Do lado de Cá sentimos o cheiro do pão caseiro
E dos doces das avós fervendo no fogão
Do lado de Cá ainda se fazem ximias no calor do verão
Ainda escutamos os bons conselhos dos avós
Do lado de cá em conversa com Deus pedimos olhai por nós
E os picumãs imitam estrelas no céu dos galpões

Do lado de Cá acreditamos ainda no amor
E enxergamos a vida com olhos puros de criança
Acreditamos que a felicidade esta nas coisas simples sem ganância
Do lado de Cá os filhos respeitam os pais
Coisas simples que estão raras nos dias atuais
Do lado de  cá os mates são mais de saudade e lembrança


Do lado de Cá nós temos duvidas do amanhã
Quem vai ensinar os mais novo a encilhar  um cavalo?
E aos que vivem no povo  quem vai contar dos antigos homens centauro?
Quem vai conta prós negrinhos dos bisavós quem empunharam lanças?
Quem vai contar dos avós carreteiro dos avós tropeiros e suas andanças?
Quem vai contar de nós por que um dia seremos como nossos avós
E Alguem a de Lembrar !!